Sombras sobre Esmeltaran

A escuridão domina a cidade de Esmeltaran.
E ela parece emanar do Conclave da Sábia Arcana.

Berta está viva e diz que a Guarda Arcana a quer. O grupo avança pelas ruas, pois no Conclave devem estar as respostas para o que está acontecendo na cidade.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Vingança Ardilosa
Sessão 2, dia 22 de novembro (9º nível)

Kriv mergulhou na visão reveladora da Segunda Verdade.

Desta vez, um vasto deserto estava coberto com fluxos de muitas cores. E algo se agitava no horizonte: o maior dos fluxos de energia, brilhando em azul e dourado entre as distantes nuvens. As areias e as rochas nunca tinham visto tal quantidade de nuvens. Uma tempestade avançava, revoltosa e ruidosa. Seus trovões ecoando por quilômetros no mundo... e até em outros planos. Seria a fúria da natureza? O lamento dos espíritos primais? Kriv estava imóvel, mas a tempestade não parava de avançar. Nunca pararia. Ela rapidamente chegou sobre sua cabeça, cobrindo todo o deserto. Uma tormenta caiu, como se o céu desabasse. Em alguns momentos, Kriv pôde até sentir a água gelada. Será que sua mente o enganava, de tão real que era esta visão?



E então tudo escureceu, para novamente se iluminar e revelar os companheiros do draconato olhando para ele, como antes, dentro das tumbas da Fortaleza Arcana.

O grupo estranhou a visão distante de Kriv. Eldon o questionou, e ele revelou que buscava aqueles pergaminhos. E também que tinha tido uma visão. Continuaria com eles por mais algum tempo, pois nem mesmo sabia onde estava.

Caminhando pelos sombrios e silenciosos corredores, voltaram à caverna na entrada e saíram para o pântano, agora completamente iluminado pelos raios do sol da manhã. O círculo restaurador estava lá, com os resquícios do antigo poder da Fortaleza. Finalmente iriam voltar.

O Velho Sarl havia dado dois dias para eles explorarem os túmulos subterrâneos. Estavam no terceiro. Sem a certeza de que Sarl ainda os esperava, mas com a esperança de que o velho homem tivesse fé no retorno deles, entraram nas águas lamacentas da porção rasa e estagnada do Lago Esmel. Com algum sacrifício, tentaram refazer seus passos, lembrando-se das dicas do Velho Sarl. Evitaram a maioria dos perigos e, felizmente, os piores, até avistarem o pequeno barco pesqueiro, ainda assim um dos maiores de Esmeltaran, mais à frente, além das árvores pantonosas e retorcidas.

Sarl Lua Crescente estava ao leme. Um dos gêmeos ajudantes estava lá, preparando as velas. E mais duas figuras podiam ser vistas, sentadas em um canto: um homem de certa idade, vestido em uma armadura completa, e um humanóide de pele verde-escura, repleto de tomos.

Em uma rápida apresentação, revelaram ser Hager, um paladino da Rainha de Rapina, em busca de um artefato que era guardado por sua Ordem, até que ela teve o seu fim e o artefato foi roubado. E Sorin Markov, um mago convocador githyanki, que procurava por atividades malignas de sua raça no Mundo Natural, para combatê-las. A suspeita de o artefato estar com os githyankis fez eles se unirem em uma busca nas ruínas da Fortaleza Arcana, local onde os seres do Mar Astral estiveram nos últimos meses.

Hager e Sorin enfrentaram alguns trogloditas que viviam nas ruínas, sendo auxiliados pelo Velho Sarl e por Ben, um dos gêmeos, em um momento crítico. Como desejavam ir à Esmeltaran, Sarl concordou em levá-los em seu barco.

O novo e grande grupo finalmente partiu pelas calmas águas do Lago Esmel, o vento soprando generosamente nas velas. O dia passou lenta e tediosamente, mas finalmente tiveram um longo descanso. Rylwen finalmente foi tratada e ficou livre da febre do esgoto. Cefas, Eldon, Malagar e novamente a eladrin ainda eram atormentados pelas visões de sofrimento e destruição, desde o difícil fechamento do portal para o Abismo. Questionado por Malagar, Cefas explicou que poderiam ficar livres desta terrível aflição com a ajuda de Daerlun, o sumo-sacerdote de Pelor do templo em Esmeltaran, que realizaria o ritual certo.

Continuaram a velejar noite adentro, de forma que poderiam chegar à cidade ao final do outro dia. Uma lanterna foi presa à proa e uma segunda ficou no mastro mais atrás. O Velho Sarl, Ben e Adrian foram dormir, mas o grupo decidiu montar guardas.

Apenas dois pontos de luz podiam ser vistos à distância, em meio ao grande lago. Eldon e Rylwen montavam guarda naquele turno, ainda o segundo da noite, mas não notaram o grande perigo que se aproximava, nadando raso na água gelada. Então ele emergiu, mais negro e terrível do que a escuridão noturna, sendo repentinamente iluminado pela luz das lanternas: Skatharilarn, o dragão negro. Ele estava de volta, e queria vingança pelo covil perdido e pelos servos mortos. Estava maior, seu voo mais estável. E, se fosse possível, mais ardiloso.

O dragão logo agarrou Rylwen, tentando puxá-la para a água, enquanto que enxames de besouros da podridão foram jogados do corpo dele para o barco. O combate se desenrolou rapidamente, os besouros sendo mortos com diversos ataques que cobriam uma grande área e levava montes deles. Skatharilarn não perdeu mais tempo, criando em seguida uma nuvem de escuridão sobrenatural que colocou os aventureiros em extrema desvantagem no pequeno barco ancorado. Muitos estavam incapazes de atacar o dragão escondido nas sombras, que novamente tentava levar Rylwen, mas sem sucesso.

O mago sorin utilizou seu poder arcano para anular a escuridão criada pelo dragão negro, e uma nova esperança surgiu com a possibilidade de muitos ataques. Então Skatharilarn rugiu. Um rugido de arrepiar a espinha. Apenas Cefas, Kriv e o Velho Sarl conseguiram resistir, enquanto que os outros ficaram totalmente atordoados e incapazes de fazer qualquer coisa. Era o que o ardiloso dragão queria: agarrando Rylwen, ele a puxou para as águas gélidas, mergulhando tão fundo quanto pôde na escuridão molhada. Os outros foram ao parapeito do barco, olhando para baixo. O dragão estava cada vez mais fundo, impossível de ser alcançado por qualquer um deles.

Rylwen se foi. Provavelmente para sempre. Skatharilarn teve sua vingança?

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