Seguindo os rastros claros dos goblins, Cefas, Doran, Eldon, Malagar, Rylwen e Zyihh logo chegaram à entrada da antiga fortaleza de um antigo reino anão. A entrada era pela boca de uma grande cabeça anã.
Escadas guiavam para um pavimento escuro e aparentemente sem outro caminho. Mas uma passagem secreta foi achada. E parte do grupo caiu em uma armadilha: o piso cedeu, abrindo-se para uma câmara abaixo. O piso da nova câmara também cedeu, e um fosso com cães famintos se revelou. Goblins estavam nesta câmara inferior e um combate teve início. Outra parte do grupo correu para a passagem que descia em curva, enquanto que aqueles que lutavam à distância ficaram em cima. Esta era a primeira defesa dos goblinóides, e o combate foi extremamente difícil. Os heróis vislumbraram a morte, alguns perderam a esperança, ficando prontos para fugir. Mas, no fim, conseguiram vencer.
Um estranho disco prateado com dois metros de diâmetro estava no chão junto a uma parede da câmara. Ele era estranho. Descobriram que ele tinha resquícios de seu antigo poder de teleporte. Resolveram não mexer. Uma porta dupla de pedra estava fechada na câmara inferior. Outra porta, idêntica, havia além da primeira. Uma armadilha improvisada para alertá-los se a porta se abrisse foi montada, e o grupo pôde descansar.
Após o descanso, continuaram. A porta se abria para um longo corredor, com uma escada também longa no fim. No meio havia uma porta à direita e uma passagem à esquerda. Avançando com cuidado, o grupo acabou combatendo anões zumbis e goblinóides. Uma estátua anã estava em uma saleta atrás da porta à direta, coberta de lama e galhos, que a davam outra forma: a do Rei Ogro.
Descendo as escadas e passando por uma porta, entraram na emboscada de um grupo de goblinóides que estavam preparados após o barulho no corredor acima. O combate foi difícil, mas se passaram pela grande força da entrada, passariam por esta. E conseguiram. Em uma câmara irregular ligada a esta, encontraram um tesouro mágico em um baú. Na câmara do confronto, uma grande escadaria descia quase trinta metros em um enorme vão quadrado, com tochas precárias iluminando a trajetória da escadaria a intervalos irregulares. Desceram com cuidado.
Chegando no piso mais inferior da fortaleza, já podiam ver um xamã goblin ajoelhado sobre um sarcófago a alguns metros, com lágrimas nos olhos e um pergaminho nas mãos. Era o Alto-xamã Sancossug. O grupo tentou falar com ele, pois notaram que o goblin não tinha intenção de lutar. Questionado sobre o que aconteceu, ele falou que fora enganado e que contaria o que sabia a eles, em troca de sua liberdade. O grupo concordou, após Cefas, clérigo de Pelor, dar sua palavra, que deixaria Sancossug partir, livre, e em troca o goblin contaria tudo o que sabia e não mais atacaria as caravanas. Sairia de encontro às tribos goblinóides para mandar que os ataques parassem.
O Alto-xamã Sancossug disse para eles terem cuidado, que alguém na cidade conspirava. Alguém importante. Um mensageiro sombrio foi aos goblins prometendo um poderoso ritual para reviver o Rei Ogro, que havia sido morto a mais de trinta anos, se as tribos goblinóides atacassem as caravanas de Esmeltaran. A cidade não devia ser perturbada, apenas as caravanas. Dois ossos do Rei Ogro estavam perdidos, usados como armas de poder mágico: o totem de caveira, o crânio, e o totem de chifre, um dos chifres do Rei. Insatisfeito com as promessas sem fim do Conspirador, Sancossug ordenou o ataque após saber que um totem estava na loja Curiosidades de Garwan. Como nenhum dos totens chegou, ele resolveu realizar o ritual, que traria o Rei Ogro mais fraco. Mas isso poderia ser consertado depois. Entretanto, o ritual era falso. Não funcionou. Agora quem quer que os tivesse enganado pagaria. Os goblinóides não mais ajudariam em seus planos. A maior parte das tribos seguia o Alto-xamã.
Sancossug foi libertado. O grupo retornou à Esmeltaran, que estava estranhamente fria para um começo de primavera. O buraco na muralha estava escorado e um círculo mágico fora conjurado por Algarve, o Cajado, um draconato do alto escalão do Conclave da Sábia Arcana. O grupo explicou ao Lorde Warden da cidade o que aconteceu. Ele ficou preocupado com uma conspiração, duvidou que o goblin cumprisse com a palavra, mas confiou no julgamento dos heróis.
O tempo diria se tinham tomado a decisão certa.
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